Em um título enigmático, as redes sociais apresentam um intrigante chamariz: “Os bancos não querem que aproveite“. Uma imagem de uma fatura com uma quantia substancial em destaque complementa a mensagem.
Ao clicar no título, somos redirecionados para uma página que conta a história de uma jovem empreendedora portuguesa que alcançou o status de milionária. Segundo a “notícia”, Júlia Barbosa, uma ex-aluna universitária de 26 anos, agora proprietária de uma joalheria, está ganhando uma fortuna diária.
Ao longo do texto, Júlia relata suas lutas financeiras e como descobriu uma solução navegando pelas redes sociais, através de um tutorial sobre contratos por diferença (CFDs). Esses produtos financeiros permitem investir em diversos ativos, oferecendo a oportunidade de lucro, mas também de perda, conforme detalhado por um artigo da “Ekonomista”.
A narrativa continua com relatos de outros usuários que também teriam enriquecido através desse método, incentivando os leitores a se inscreverem na plataforma rapidamente. No entanto, é ressaltado que essa informação não é divulgada nos principais veículos de comunicação, pois é um segredo bem guardado de Wall Street.
No entanto, o Polígrafo desmentiu essa história, revelando que as imagens utilizadas não correspondem à suposta Júlia Barbosa, mas sim a uma influenciadora russa, Tanya Rybakova. Além disso, as fotos de cheques com grandes somas de dinheiro são falsas, retiradas de um aplicativo de jogos para dispositivos móveis.
Embora os CFDs sejam uma forma real de investimento online, essa publicação é claramente fraudulenta, inventando uma narrativa em torno de uma personagem fictícia para enganar as pessoas. O objetivo desses conteúdos fraudulentos geralmente é obter dados pessoais ou convencer as pessoas a realizar transferências monetárias por serviços ou investimentos fictícios.
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