Irritada com críticas a Pedro Passos Coelho, ex-Doce Fátima Padinha sai em defesa do antigo marido

A ex-Doce Fátima Padinha não perdoa onda de críticas contra Passos Coelho e defende pensamentos mais conservadores do ex-marido.

A ex-Doce Fátima Padinha, que foi casada com Pedro Passos Coelho, saiu em defesa do ex-primeiro-ministro após a onda de críticas por causa da apresentação do livro ‘Identidade e Família’.

“A transcrição integral. Repito. Integral. Não de umas frases ou palavras soltas, coladas a seguir para construir umas quantas ‘narrativas’ estúpidas, falsas e retorcidas”, escreveu a cantora das Doce esta quarta-feira, 10, no Facebook, na legenda de uma ligação para a transcrição do discurso de Passos Coelho.

“Fica mal a tantos prosélitos de serviço, ou fora dele, rejeitarem a sociedade aberta que, por exemplo, o 25 de Abril proporcionou a todos e não a ‘exclusivos’. É uma reflexão de um homem livre sobre uma sociedade que se deseja livre mas que ainda está demasiado presa a velhos e novos preconceitos. E de um amigo que muito respeito, evidentemente”, finalizou.

Passos Coelho apresentou na última segunda-feira, 8, um livro de 207 páginas assinado por 22 figuras da direita portuguesa que defendem posições conservadoras, entre os quais o economista João César das Neves, o padre Gonçalo Portocarrero de Almada, o antigo presidente do CDS José Ribeiro e Castro e o jurista Paulo Otero.

Os textos tecem considerações contra o que consideram ser a “destruição da família tradicional” e a “imposição da ‘ideologia de género'”, uma terminologia adotada pela extrema-direitacritica, quando na verdade existe a identidade de género. Os autores criticam a eutanásia, a descriminalização do aborto, o casamento e adoção por casais homossexuais, a legislação que “facilita o divórcio” e falam em “‘influencers’ digitais que fomentam a desorientação das pessoas”.

No livro há também pensamentos que consideram estranho que “ao longo dos séculos a mulher foi sucessivamente oprimida e desprezada”.

A defesa de Passos Coelho ao conteúdo do livro gerou uma onda de críticas. Na apresentação, o ex-primeiro-monistro destacou que muitas vezes já foi considerado “fascista” pelos seus pensamentos, mas não se incomoda com isso. “Quando estamos a falar de aspetos mais politizados, é fácil descambar a linguagem para rótulos de extrema-direita, radical, fascista – eu fui fascista imensas vezes olhando às classificações que me foram atribuídas. Evidentemente que as pessoas, quando estão razoavelmente seguras do que pensam, do que são, não se incomoda muito com essas coisas. E eu nunca me incomodei muito com isso. Para ser sincero, nunca me incomodou”, declarou.

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